Seria preferível um grupo de louvor simples e sem tanto esmero técnico, mas composto de homens e mulheres com vida íntegra. Vale mais um pastor sem os carismas empolgantes dos grandes tribunos, mas que viva com afeto e cuidado com os indivíduos. De nada adiante uma apresentação lustrosa de vozes afinadas no coral, porém destituída de virtude.
Por que? As razões são simples: Os dons espirituais sem amor valem menos que sinos tinindo; fé sem caráter é igual a presunção espiritual; comportamentos religiosos sem misericórdia são proselitismos; ação eclesiástica sem caráter significa ativismo inconsequente; os sermões sem vida valem como discursos tolos; prece sem pureza de intenções não passa de reza pagã.
O grande desafio do século XXI para o cristianismo é de credibilidade e e nem tanto da defesa da verdade. Precisamos de pessoas que saibam calar quando outros falam ou que falem quando houver necessidade; que prefiram andar quando outros correm; que amem mais o silêncio que os espalhafatos dos palcos.
Precisamos de cristãos que não se embriaguem com o poder, não amem o dinheiro e nem busquem a (vã) glória humana.
Somente assim a fé cristã voltará a ser referência de valores eternos e não motivo de escárnio.
Por Ricardo Gondim
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